O Artista
É notável que Hollywood está em
crise a vários anos em termos de criatividade e lucro. Também é notável que os
cinemas vão mal, sendo que seu principal lucro atualmente está nas bombonieres.
É tão evidente que na maioria dos cinemas modernos, a primeira coisa que você
vê quando chega neles é a bomboniere.
Segue
foto do principal cinema de Belém:
Na trama, George Valentin (Jean
Dujardin), estrela dos filmes mudos do estúdio Kinograph vê sua carreira acabar
com a chegada dos filmes falados, enquanto sua fã Peppy Miller (Bérénice Bejo)
vira a nova estrela do estúdio.
E o objetivo de 'O Artista' é evocar
o espírito do cinema antigo e homenageá-lo. O tema já foi abordado em outros
filmes muito melhor executados como 'Cantando na Chuva' (Singin' in the Rain,
1952). Não que 'O Artista' seja um filme ruim, muito pelo contrário, é ótimo
como experiência cinematográfica e faz com que você saia do cinema de muito bom
humor, o que faz com que o filme seja adequado para todos os públicos.
Porém, algumas coisas incomodam. O
uso excessivo da palavra "talk" no roteiro tentando cair na
metalinguagem e uso de metalinguagens visuais pode incomodar. Mas isso não tira
a beleza e a vontade de evocar a felicidade e alegria do filme.
O filme não é a obra de arte que
alguns falaram depois das indicações e vitórias no Oscar. Mas são relativamente
justos os prêmios de ator para Jean Dujardin, diretor para Michel Hanazavicius,
trilha sonora e filme. Porém o figurino não é tão espetacular, sendo que os de
'Hugo' e 'Anonymous' bastante superiores. Ainda saí do cinema achando 'Hugo' um
filme melhor, com uma trilha sonora melhor e uma direção melhor.
Espero que Bérénice e Dujardin
possam ter suas carreiras alavancadas depois do filme, já que como o filme
sugere, os atores não são tão descartáveis quanto o avanço tecnológico e alguns
filmes atuais nos sugerem.
Gabriel
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